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ENTREVISTA - Tininha Falcão, a dama das flores.
Por Ignez Ferraz



Maria Cristina Falcão - a “Tininha” para nós todos – com seu carisma e lealdade, nunca abandona seus ideais. Persistência e coragem foram os lemas desta mãe de seis filhos e avó de dez netos, num percurso de vida com diversos percalços, mas que ela galgou um a um – e venceu!

Do início da “Casa Caiada”, aos 35 anos de carinho à frente das cerâmicas “Brennand”, com passagens mais breves pela “House Garden” e “Etel Marcenaria”, sempre ao lado da irmã Hilda, fiel escudeira.


Também não abandona os amigos queridos, e cita a saudade do Claudio Bernardes (“Ainda bem que posso sempre contar com a Silvana e o Thiago”). Quem nunca conheceu esta dama, não tem idéia do que está perdendo. Mas ainda dá tempo, pois Tininha agora tem uma nova filosofia: VIVA COM FLORES!



“Viva com flores” é o nome do curso - cuja `madrinha’ é a amiga Rose Vega - que ministra em sua agradável residência em São Conrado, cercada por belo jardim.


Depois de alguns anos participando com o bom gosto dos seus arranjos na Casa Cor e sendo destaque na Casa Vogue, teve aulas intensivas em Londres com a famosa Paula Pryke – um mix de ateliê e residência, num prédio moderno de três andares denominado “The Flower House”. Os artistas Julia Roberts, Cate Blanchet, Kate Winslet, Helena Bonham Carter e Ewan MacGregor estão entre seus clientes, assim como o genial estilista japonês Issey Miyake (desconfio que nossa entrevistada escolheu bem sua professora).



Como mulher culta, coleciona livros de todos os floristas mais importantes do mundo, como o francês Christian Tortu e a inglesa Paula Pryke (Este da foto eu dei para minha nora Mariana, especialista em cerimônias de casamentos).


Pergunto sobre o americano Jeff Leatham, meu preferido (além dos belgas). E aprendo com ela, que o brasileiro Ronaldo Maia, expoente nas décadas de 70 e 80 e hoje radicado em Nova York, foi precursor dos vasos transparentes, seriados e sobrepostos, que fizeram a fama de Jeff (e que nos inspiraram a Sala Mutante).



Jeff Leatham é um poeta da cor audacioso, que transforma as flores de ornamento em quadro vivo.


Ronaldo pregava: “As flores germinam, crescem, desabrocham, soltam suas pétalas e folhas, que, em nossas casas, se transformam em pot-pourri. Nada é desperdiçado.”
O mundo islâmico já utilizava este preceito no séc. XVI, quando pétalas de rosas flutuavam em bacias de ônix penduradas nas principais ruas de Isfahan, na Pérsia (hoje Irã).


Christian Tortu, de família de agricultores, ficou conhecido como o “costureiro das pétalas” (trabalhou para Dior e Chanel). Considera “a simplicidade extrema o auge da sofisticação”, mas ficou famoso pelos seus vasos especialíssimos, que se encontram à venda nas lojas ConransLondres, Paris e Nova York.



Nesta foto com vasos de Tortu, Tininha alerta que, ao adquirir um destes utensílios, se preste atenção não só ao formato, mas à boca.


Na primeira aula só utiliza vasos de boca estreita – cilíndricos ou bojudos - porque limitam o número de flores. E também inicia seus ensinamentos com apenas uma cor: “Na Turquia, oferenda muito comum era um pequeno vaso contendo uma só tulipa”, diz.



“Flores para cima e para baixo, flutuando ou submersas. Hastes altas ou curtas, retas ou curvas, como este de Jeff, composto de rosas e tulipas de maneira bastante original”, explica Tininha.


“São inúmeras as possibilidades na construção de um arranjo floral. Basta adquirir conhecimentos técnicos básicos, inspiração e vontade de criar”, apregoa. “Arranjos podem ser ricos com o uso apenas de tonalidades de uma mesma cor, continua a professora, mostrando um dos seus favoritos que ensina para a turma:







A repetição seriada de vasos é um conceito minimalista contemporâneo com grande efeito visual. As ligeiras diferenças entre estes, por terem sido executados por várias alunas, torna o conjunto mais interessante.


Ainda no séc. XVI, a tulipa se tornou “a rainha das flores” pela mão dos holandeses, ótimos comerciantes (e hoje arquitetos 'de ponta'), abastecendo toda a Europa. Foi nesta época que nasceu a domesticidade, o significado da casa como lar, com arranjos de flores enfeitando as salas.


Já as rosas têm uma história peculiar: a rosa damascena, a mais cheirosa, partiu de Damasco, capital da Síria, e daí percorreu longo caminho pelo norte da África, Espanha, até chegar à América do Sul. Na Índia do séc. XVIII também eram as favoritas, símbolos do paraíso, que significa “jardim murado”.



Foi a Igreja que, na Renascença, aliou as flores aos sentimentos para facilitar a difusão dos seus princípios: o branco das rosas (ou lírios) para a pureza da Virgem Maria, o amor para as rosas vermelhas (minhas prediletas).



No séc. XX, a tradição floral se diversificou, absorvendo todas as influências dos séculos precedentes – a formalidade e a informalidade. Flores AZUIS? Não vou contar onde ela as arruma, para vocês irem correndo se matricular.


O curso “Viva com Flores” narra todas estas histórias acima – ou vocês pensam que eu pesquisei‘adoidado’? Antes que minha amiga (que ama as flores e decoração desde criancinha – sua coleção de miniaturas de móveis me enlouqueceu!) fique ansiosa por eu ainda não ter mostrado as fotos do curso, lhe digo que sempre deixamos o melhor para o final. Apenas fui criando expectativas...
Vamos lá: as aulas incluem as apostilas,...



Leitura sobre a presença da flor na História da Civilização


... material,...



Material incluído: vasos, duas tesouras, regador, acessórios e cesta para transporte dos arranjos – meu “objeto-do-desejo”. (Vejam no final do artigo sobre plásticos, como irei utilizá-la na bicicleta)


...além de um gostoso lanche e, claro, a simpatia e conhecimento prático e teórico da proprietária...





... com atenção individual...





...de olho no resultado coletivo.



VOILÀ! Tininha (de preto) com seu grupo feliz da vida no final da aula.



Vem pra casa você também. VEM!


Quem se habilita para ser a segunda candidata para o próximo curso(a primeira já sou eu!)?
Envie um e-mail para mcfalcao@unisys.com.br e faça sua reserva.
 
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