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Profissão: Arquiteto - INSISTA!
Por Ignez Ferraz
Don’t do it yourself...contract an architect!


Você confia no analista, paga médico e dentista e no arquiteto não há quem INVISTA? INSISTA. Seu trabalho faz bem à vista e ainda sai na revista! (Beto, o arquiteto)



Beto, o arquiteto, fiscalizando a Casa em etapas


O ARQUITETO é o profissional indicado para encontrar o melhor custo/benefício e executá-lo da maneira mais prática e objetiva.
Mas POR QUÊ?


Além de todos os itens já citados em “Profissão: Arquiteto 1 – INVISTA!”, o ARQUITETO se mantém informado sobre os novos materiais lançados no mercado e equilibra suas texturas e cores, muitas vezes utilizando-a de maneira não tradicional.


O grupo norueguês SnØhetta venceu o concurso para a Biblioteca Alexandrina no Egito e a revestiu de pedras brutas com hieróglifos.










Para ganhar leveza, esta Biblioteca foi concebida com uma forma circular inclinada, que se eleva do solo. A passarela atravessa toda a estrutura e a interliga ao campus.




Os pilares de concreto da sala de leitura escalonada são uma variante dos desenhos faraônicos com capitéis de flores-de-lótus. Na cobertura, iluminação zenital.


Nota: Bibliotecas
são programas que exigem bastante aptidão em saber harmonizar as escalas entre os amplos espaços e o inúmero mobiliário necessário. Conheci duas muito bem resolvidas e detalhadas – a de Paris (Dominique Perrault) e a de Portland.


No quesito materiais exóticos, o supercriativo Shigeru Ban conseguiu inovar radicalmente a arquitetura, ao projetá-la com papel. Além disso, sua “Naked House” propõe um espaço totalmente aberto, dividido apenas por cortinas.


Em matéria de cores, ninguém as emprega tão bem quanto os mexicanos, como Ricardo Legoretta e as combinações fortes e exóticas de Luis Barragán.

Quanto aos whites (como são chamados os arquitetos que projetam apenas com branco) Richard Meier é insuperável no rigor dos seus detalhes. (Em 1997 fui conferir o Getty Center de Los Angeles recém-inaugurado. Depois de 14 anos entre concepção e inauguração, posso assegurar-lhes que é um primor.)
Entretanto, como minha paixão pelos nórdicos continua em alta (leiam a entrevista com a designer dinamarquesa Nanna Ditzel) gosto especialmente da solução de fachada do finlandês Arto Sipinen para o “Espoo Cultural Centre”. Internamente porém, nada se compara à genialidade de Hans Scharoun para a Filarmônica de Berlim.



O ARQUITETO desenha perspectivas (à mão livre, 3D ou sketch-up – veja exemplos em “Jovens talentos” ) e elabora maquetes, para que o cliente possa melhor compreender sua concepção, além de dominar programas computacionais como Autocad, Corel Draw e Photoshop, que tornam o projeto mais dinâmico.


As teorias da “De(s)construção” devem muito ao filósofo Jacques Derrida e ao Construtivismo russo dos anos 20. Seus arquitetos teóricos foram Bernard Tschumi e Peter Eisenman, mas o grande impacto coube à dupla austríaca Coop Himmelblau, que idealizou, em 1984, o que ficou apelidado de “asa ardente” (inspirado no inseto de Kafka), no alto de um imóvel antigo. Este “instante conceitual” gerou a arquitetura complexa que encontramos em Frank Gehry (veja seu D.C. Bank em “Janelas de Berlim” ), o grupo californiano Morphosis e a única representante feminina de grande porte, a iraniana Zaha Hadid.


Sem o uso de programas computacionais, muitos projetos não poderiam se viabilizar devido à complexidade de suas propostas.



Depois de ser conhecida mundialmente pelos seus esboços gráficos espetaculares, Zaha Hadid projetou este Quartel de Bombeiros em Weil, com enormes vidraças sem moldura e áreas organizadas em forma de raio.



Espero estar jantando neste restaurante “Mousson” (também projeto da Zaha) em Tóquio, no dia do resultado das eleições, torcendo pelo meu candidato.



O ARQUITETO brilha em outras áreas também, sendo reconhecido como designer de mobiliário, artista plástico, luminotécnico, cenógrafo ou até mesmo cineasta.
Isto porque o conhecimento tecnológico e artístico que ele deve absorver habilita-o a trilhar diversos caminhos. Dele ainda se espera que esteja atualizado sobre o que há de mais contemporâneo no mercado nacional e internacional. UFA!


A badalada dupla suíça Herzog e de Meuron conseguiu solucionar esta adega em Napa Valley com mãos de artistas.




Pedras naturais em diversas tonalidades escuras (além do arame que as sustenta) foram os materiais escolhidos para a fachada da adega da vinícola Dominus, tornando o edifício quase invisível no meio das cepas. A penetração da luz varia de acordo com a densidade das pedras.


Estes projetistas às vezes optam pela utilização de vidros translúcidos (vejam seu projeto da “Tate Modern” em Londres). Comparam o caráter do revestimento - e seus variados graus de transparência - mais como uma pele que respira o meio circundante. Com o vidro, as estruturas interiores são apenas insinuadas e a permeabilidade das fachadas é variável de acordo com a incidência do sol.
Discutem o revestimento sob o ponto de vista óptico, colocando a solidez e a transparência em questão.



Pois no Brasil este múltiplo projetista muitas vezes recebe menos que um mestre-de-obras. Segundo uma pesquisa da VEJA, o arquiteto é hoje o profissional (curso superior) com a menor remuneração do mercado. Já nos países do primeiro mundo, a CRIAÇÃO é o item mais valorizado.


Em diversos países da Europa o vestibular de Arquitetura é mais disputado do que Medicina e o profissional é chamado de "Doutor Arquiteto". Às vezes o curso dura 6 anos, quando não 7, como é o caso da Inglaterra, pois estágios em obras e escritórios são obrigatórios.


Esta desvalorização fica bem clara nos lançamentos de edifícios residenciais, onde se destacam apenas os nomes do Incorporador, da Construtora e até mesmo do decorador. Muitas vezes no próprio stand de vendas a informação do verdadeiro autor é omitida.


Na execução de Interiores, construtoras - muitas vezes comandadas por arquitetos - também são preteridas por empreiteiros, esquecendo-se este cliente de todo conhecimento e responsabilidade técnica envolvidos numa obra.


O que não falta são exemplos de reformas mal acabadas, com instalações que não funcionam, ausência de ergonomia básica, obras intermináveis onde o custo dos erros é sempre do proprietário. A expressão popular “o barato sai caro” cairia como uma luva na grande maioria dos casos.


Portanto, INVISTA no ARQUITETO!
É importante contratar (desde o início) este profissional para todo tipo de intervenção (projetos, obras, reformas), seja esta residencial, comercial ou institucional, de pequeno ou grande porte. Afinal, sua casa não é produto descartável e seu tempo também é precioso.


P.S. Conheçam o texto que escrevi para a MiniMáximo e me inspirou este ARTIGO: “Não faça você mesmo!” , ilustrado com meus projetos.


E-mails recebidos:


Muito bons, Ignez.
Parabéns!
Você escreveu com simplicidade e argumentou com o apoio de ótimos projetos - o que deu credibilidade aos seus textos.

Viva a arquitetura!
abraço,
Sérgio Magalhães



Tudo muito bom. Parabéns. Você não quer produzir uma prancha com os teus projetos recentes (de 1990 pra cá), premiados?

BJ
CF (Carlos Fernando de Andrade)



Olá Ignez,

Fiquei muito impressionada com o seu site!
Belos exemplos, atualizadíssimo, e uma importante mensagem aos leigos.
Enobrece a profissão.
Divulgue bastante, a classe agradece.
Bj
Judith Vinhães


Maravilha, Ignez, to contigo e não abro.
Bjs
Paulo Pinheiro



Olá Ignez!


Dias atrás estive lendo o seu artigo sobre "Profissão: Arquiteto"-INVISTA! e "Profissão:Arquiteto"-INSISTA! Fico orgulhoso em ter uma amiga inteligente e que tenha o dom para a escrita e ainda se interessa bastante pela arquitetura.


Beijos
Angelo de Castro
 
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