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Livros: estantes para guardar, cantos para relaxar
Por Ignez ferraz
BOOKS: relax to read...


TODOS OS EXEMPLOS DESTE ARTIGO SÃO PROJETOS DE INTERIORES, DESIGN DE MOBILIÁRIO E EXECUÇÃO DA ARQUITETA IGNEZ FERRAZ


Ler ainda é cult, como podemos comprovar com o constante crescimento do número de visitantes à cada Bienal do Livro.
Para isto, nada mais gostoso do que um bom local para se esparramar depois de um dia de trabalho.




Poltrona larga em couro ecológico branco. Coloque as pernas dobradas sobre ela e sinta-se abraçado. Para ler acompanhado de um bom tinto ou um whisky "sem guaraná". Prático, o pequeno bar "Andrea" pode conter todos os apetrechos bem à mão. Seu tampo em mármore de carrara evitará qualquer mancha no móvel se você adormecer. Luminária escultural da Modernitá com lâmpadas dicróicas dirigíveis sobre parede verde alcaparra.


LIVRO: OBJETO DE COLECIONADOR


Diz a crença popular: "livros não se emprestam, porque jamais serão devolvidos". Um adendo: nem CDs. Nem namorados (estes não serão devolvidos, mesmo não emprestando).
Livros são para ser lidos, certo? Nem sempre, ou não apenas isso.
Uma encadernação requintada, daquelas de couro e detalhes dourados; uma edição rara; aquele com uma dedicatória carinhosa; a primeira coleção de Monteiro Lobato, que lhe trouxe tantos momentos de pura magia. Estes serão sempre guardados, mas não apenas na memória.


Onde armazenar os livros que nunca nos desfazemos, somados a outros tantos que adquirimos por interesses literários ou culturais, ou simplesmente porque não resistimos ao impulso consumista do nosso olhar pousando sobre uma bela capa?


Assim como hoje os aparelhos de som e TV não mais se escondem atrás de portas de estantes, mas ocupam o lugar nobre da sala, exibir os livros passou a ser sinal de consonância com os novos tempos, onde ficar em casa tornou-se quase sempre uma necessidade.


Qualquer espaço da casa quando bem projetado pode abrigar nossos "companheiros" (na solidão ou junto àquele namorado que você NÃO emprestou) de forma prática e charmosa - como no quarto, em estantes fechadas para os alérgicos, ou até mesmo em ambientes antes impensáveis como a sala de jantar.



No quarto, duas estantes em frente ao closet. Aparentemente iguais, guardam objetos bem diferenciados. Enquanto a da direita abriga sapatos e bolsas além de bijuterias nas gavetinhas, a da esquerda é ocupada por livros. Na parte posterior, com profundidade de 25 cm e altura das prateleiras com 30 cm de eixo, ficam os livros maiores enquanto "pockets" ocupam a espessura de 20 cm da porta onde as prateleiras possuem 24 cm de eixo. Nas pequenas gavetas, mapas.
Tudo em pau-marfim com detalhes em mogno (servindo de puxadores), inclusive nas mesas laterais assimétricas.



Quando for dimensionar sua estante é sempre bom lembrar que livros de literatura não necessitam de prateleiras com 30 cm de altura e profundidade, como os de Arte. Com alturas entre 25 e 27 cm e profundidade entre 20 e 22 cm conseguimos uma boa economia de espaço. Uma estante com 2.00 m de comprimento e 2.50 m de altura abriga cerca de 1000 livros com espaços vazios para diversos objetos.
Atenção: se você já possuir um vão com profundidade acima de 45 cm, não se esqueça que as prateleiras devem ser deslizantes para que uma segunda camada de livros possa se acomodar. É imprescindível o uso de corrediças telescópicas que, além de agüentarem o peso, facilitam o manuseio – lembre-se das laterais que os amparam. (Vejam exemplo das caixas-gavetas da Estante Help )



Para quem não possui um escritório, a biblioteca pode estar inserida na sala de jantar - cuja mesa funciona também como área de trabalho. Hastes verticais de ferro preto são fixadas nas paredes, com prateleiras de vidro incolor de 12 mm. Na parte superior, livros de literatura. Na inferior, mais profunda (também aproveitada como bufê), os de Arte.
A mesa toda preta é aquecida por cadeiras de vime com almofadas de diversas cores, bem como os objetos funcionais como copos e jogos americanos. Os livros sem fechamento também colorem o ambiente. Alguns detalhes em cobre na mesa e na estante dão o tom sofisticado.



Na falta de um local para estante, várias outras soluções poderão ser pensadas. Canaletas fixadas às paredes do corredor carregam livros onde as capas aparentes alegram cada passante, tornando-o mais funcional. (Aderi a esta solução no corredor, embora utilize as canaletas para meus cartões-artísticos que recebo de amigas como Ana Durães e Pietrina Checcacci, ou fotógrafos como Nana Moraes e Rodrigo Lopes)



E por que não colocá-los em módulos empilháveis e giratórios, onde cada face é aproveitada? Ou em carrinhos com rodízios (sob a base da TV, por exemplo), onde possamos selecionar "o da vez", calmamente sentados no sofá?
(Vejam mais fotos deste ambiente na seção interiores - casa.)



Já para quem tem a sorte de possuir um home office, nada melhor do que leves portas de correr em vidro jateado, escondendo "ligeiramente" os livros mais velhos - aqueles que, por motivos técnicos ou sentimentais não conseguimos nos desfazer.



Divisões de vidro pivotantes 15 mm harmonizam-se com a mesa de vidro curvo na mesma espessura, apoiada em dois pés "oboé" sob pressão e engastados do outro lado em caixas para os lápis e canetas. Tudo em "olho de passarinho", suave como as cadeiras em ultrasuede da Probjeto e as paredes aquareladas na mesma tonalidade.
(Vejam outro ângulo para leitura neste home office, sob uma grande bay window)


E, PARA LER, RELAXE...


No quesito poltrona, a chaise-longue é hoje o grande objeto do desejo. Mas como áreas reduzidas não combinam com ela, outros tipos de mobiliário também podem nos proporcionar o prazer tão sonhado.
Assentos não devem ser comprados por catálogos. Temos que experimentá-los, sentirmos se nos envolvem de forma aconchegante.
Alguns apreciam os mais macios (são utilizadas plumas de ganso), outros os mais consistentes, com espumas de densidades próprias para o sustento da coluna.



O espaldar alto desta poltrona em ultrasuede marfim claro facilita a postura correta. Você também pode esticar as pernas sobre o pufe e ter a sensação de sentar numa chaise longue. Com a vantagem do pufe também apoiar a bandeja do café ou servir para outra pessoa se sentar. Neste recanto, a premiada luminária "Berenice" da La Lampe com haste regulável acomoda-se sobre gaveteiros em pátina satinê off-white e puxadores curvos azuis. Mármores branco e botticino (vejam mais soluções para pisos frios) substituem o tapete ao jogarem xadrez no ambiente aquecido por cortinas "duette" da Luxaflex.
(Apreciem outras fotos deste quarto)


Quanto à luminosidade, a luz natural ainda é a melhor. Se possível, localize seu canto de leitura perto dela.



Luz natural mesmo é a da varanda. Quem curte uma prolongada leitura de jornais nos finais de semana vai concordar. Que tal esta réplica de espreguiçadeira de navio, executada em maçaranduba maciça e com peseira dobrável, acompanhada de um bar móvel que veio direto da cozinha com seu brunch dominical?


À noite é que os problemas de iluminação aparecem, pois o mau uso da luz artificial provoca desconforto nos olhos. Mais importante do que o tipo de lâmpada, é que a luz emanada dela não ofusque e permita uma claridade própria para uma boa leitura. A luminária deve ter uma altura ou flexibilidade de ajuste suficiente para que o filamento luminoso não seja visível, principalmente nas dicróicas. Halógenas muito potentes (acima de 150 w) devem ser sempre utilizadas de forma indireta, com a lâmpada voltada para o teto ou um refletor.



E o canto do adolescente? Não ocupa espaço do seu quarto pois localiza-se sob o beliche. O famoso "saco" da década de 70 voltou à moda e aos lares. É só chegar e literalmente jogar-se sobre ele. Com direito à luminária de pé regulável, quadro de ímãs com as fotos dos amigos e gaveteiro para miudezas. Branco e preto com parede amarelo mostarda.


Nos abajures e arandelas baixas procure usar cúpulas opacas que não projetem a luz horizontalmente, mesmo com lâmpadas incandescentes.
Quanto à luz fria, mais econômica, há controvérsias. Mesmo tendo evoluído muito com modelos compactos e tonalidades mais quentes, seu facho de luz não é tão contínuo quanto o de outras lâmpadas - podendo incomodar com o uso prolongado - não sendo recomendado por alguns luminotécnicos.



É claro que não poderíamos deixar de mencionar aqueles que gostam de ler na cama, pouco antes de dormir. Recomendo não esquecerem da cabeceira alta (para se recostar com diversas almofadas) como neste modelo da Artefacto, macia, em linho tabaco (curtam um chá no canto para refeições). Mesas laterais assimétricas em louro-faia da mesma loja. Assimétricos também, o abajur e a arandela da La Lampe, mas com cúpulas na mesma altura e no mesmo tom da parede.


Boa noite! Escolha agora o recanto com o seu jeito e relaxe...



GOSTARAM DAS SOLUÇÕES?
Então nos contatem pelo e-mail grif@ignezferraz.com.br ou pelo tel. (21) 38133194.


Nota: Este texto foi compilado de duas matérias que eu havia escrito para a MiniMáximo (OI Thazia e Solange): Livros e Relaxe!
 
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